Sexta-feira última.
Duas e meia da tarde.
Fechei o expediente, enchi uma garrafa de meio litro de água, despejei-a no vidro da frente do carro – os jactos de água do dix-neuf não funcionam – devido à poeira que invariavelmente aí se acumula, fiz accionar os limpa pára-brisas, meti o cinto, dei à ignição, uma, duas, três vezes (à terceira foi de vez), deixei o motor aquecer um pouco, talvez um minuto, não mais, meti a primeira, arranquei… e só parei no supermercado mais próximo, com vista a fazer as compras da semana.
Aí chegado, estacionei a máquina de traseira, seleccionei um carrinho de compras com cesto para transportar o portátil – as portas traseiras do dix-neuf não trancam; e mesmo que trancassem é preferível prevenir do que depois ter o trabalho de andar à caça do gajo que me roubou o computador e mandá-lo para o hospital com a fuça toda partida –, seleccionei os produtos que me interessavam segundo o critério não do preço, não da qualidade, mas do primeiro que me vem parar às mãos… cenouras, batatas, cebolas, espinafres, feijão em lata, tudo isto para a sopinha (que aqui o menino à noite só come sopinha; de dia como na cantina da fábrica), mais três ou quatro pimentos, 1 kg de laranjas, mais outro de maças, mais outro de pêssegos, duas baguettes, dois sabonetes, uma lata de atum, outra de milho, um pack de 6 garrafas de água, um pack de 24 rolos de papel higiénico e um frasco de compota de figo, e foi tudo.
Meti-me então na fila para a caixa, repeti pela enésima vez que “Non, je n’ai pas la carte de fidélité“, paguei em dinheiro vivo, 26 dinares, mais coisa menos coisa, à volta de 15 euros, mais coisa menos coisa, descarreguei as mercearias no dix-neuf…
e depois, quando me preparava para ir devolver o carrinho de compras, deparo-me com esta merda:
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