O número ultrapassa o divulgado pelas autoridades, que falam em 21 mortos durante as manifestações contra desemprego em Kaserin, no centro do país. Outras fontes, no entanto, falam em ao menos 50 mortos nos três dias de confronto.
Foto: Reuters
Em Sidi Bouzid, na Tunísia, manifestações contra o desemprego no país
"O caos impera em Kaserin depois de uma noite de violência, tiros, saques e roubos a lojas e casas por agentes da polícia civil, que depois se retiraram", declarou Sadok Mahmoudi, membro da seção regional da União Geral de Trabalhadores Tunisianos (UGTT).
Um funcionário local, que pediu o anonimato, descreveu "uma situação de caos" em Kaserin, situada a 290 km a sul da capital Túnis, e denunciou disparos da polícia contra cortejos fúnebres.
Os funcionários do hospital da cidade fizeram greve durante uma hora para protestar contra as mortes.
Escolas
Na segunda-feira, o governo tunisiano anunciou o fechamento de escolas e universidades em todo o país, afetado por distúrbios e protestos contra a escassez de gêneros alimentícios e o desemprego desde meados de dezembro.
Diante das manifestações, o presidente da Tunísia, Zine El Abidine Ben Ali, defendeu seu governo, e prometeu criar mais postos de trabalho, prometeu criar 300 mil postos de trabalho e denunciou "atos terroristas imperdoáveis", ao se referir às mais graves manifestações em 23 anos.
Os distúrbios começaram no dia 17 de dezembro, depois de um jovem comerciante ter colocado fogo em si mesmo, em protesto contra o embargo de sua mercadoria pela polícia, em Sidi Bouzid, a 265 km ao sul de Túnis.
*Com AFP e BBC
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