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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

A MAGIA DA TUNISIA

Existe alguma coisa de mágico no ar da Tunísia. Aliás, o país, que fica no topo da África, cuja capital é Tunis, é muito louco de se visitar. A disposição geográfica do país num grande golfo banhado pelo Mediterrâneo, é composta por um bairro principal, a Mdina (ou seja, o bairro do comércio), e, nos arredores o Patrimônio da Humanidade da Unesco, Cartago, o colorido e característico Sidi Bou Said e o menos charmoso de todos, o La Marsa.

Tudo por aquela Capital é pitoresco. A começar pela cultura. O povo é extremamente gentil e divertido. Não espere entender uma única palavra na sua estadia por aquelas bandas — a menos que você fale árabe ou francês —, mas não se preocupe, pois vai conseguir se comunicar perfeitamente com os tunisianos. Simpáticos, fazem de tudo para conversar com você, principalmente se for para vender alguma coisa. Por isso, o comércio é tão típico por lá. Em sendo assim, não perca a oportunidade de “negociar” qualquer coisa com eles, é interessantíssimo, pois você deve — isso mesmo, deve — pechinchar muito. Esse é um hábito, quase uma tradição por lá. Perguntar o preço por curiosidade e dizer “obrigado”, como nós cansamos de fazer por aqui ou nos Estados Unidos por exemplo, é quase uma ofensa na Tunísia. Por isso, só puxe papo com algum comerciante se realmente se interessar por alguma coisa. E lembre-se: nada de aceitar o primeiro preço.

Agora, se o objetivo é fazer sucesso naquela terra, onde 95% do povo é muçulmano, é preciso respeitar seus costumes. Apesar de Tunis ser um local bastante habituado com estrangeiros, é aconselhável que as mulheres usem roupas abaixo dos joelhos e camisetas de mangas. Segundo os guias locais, isso não significa que se você for para lá de minissaia e blusa de alça será agredida ou alguma coisa parecida. Os tunisianos simplesmente não vão tirar os olhos de você — afinal, a maioria das mulheres anda coberta até a cabeça literalmente.

É bastante interessante rodar por Tunis, cidade com cerca de 2 milhões de habitantes, que vive do turismo e exporta mosaicos. Sua arquitetura é uma miscelânea, fruto da cultura de história turbulenta de seu povo — a cidade foi fundada pelos fenícios no século 6 a.C.. Depois, ocupada pelos romanos e outros povos até chegar no domínio árabe, já no século 7 d.C., e finalizando pelos turcos. Os séculos 17 e 18 foram muito importantes para sua arquitetura, pois foi a época em que o país ficou sob o controle da França e conquistou a independência, que aconteceu apenas no século 20 (1956).

Pontos imperdíveis de visitação: Cartago, Sid Bou Said, Santuário de Tophet, Termas de Antonino, além, é claro das mesquitas, museus e do comércio da Mdina. Só um detalhe: se pretende visitar alguma mesquita, é bom caprichar ainda mais na roupa — as mulheres devem levar algum lenço ou casaco para se cobrir — em algumas eles oferecem esses acessórios.

Outra dica, essa de muito valor: quer fazer uma grana extra em Tunis? Vá com a camisa da Seleção Brasileira de Futebol. Eles vão querer trocar tudo com você, se bobear sai até com um camelo.

A jornalista viajou a convite da Royal Caribbean. A Tunísia foi um dos destinos do cruzeiro internacional

NÃO PAGUE MICO EM TUNIS

Fique atento para algumas dicas de viagem para a Tunísia. Abaixo, alguns itens para você saber antes de embarcar. Pesquise bastante e boa viagem.

A moeda oficial é o dinar tunisiano, mas no país aceita-se também o euro e o dólar.

Negocie o preço dos táxis, em dólar ou euro, antes de entrar neles.

Na cidade ninguém usa cinto de segurança nos carros.

No centro de Tunis, próximo à Mdina, a antiga cidade murada construída no século 7, existem muitos cafés ao redor das avenidas. A maioria do público frequentador é formado por homens.

Não deixe de experimentar o famoso chá. Entre em uma das casas típicas, sente-se e saboreie. É um mix de chá verde, de hortelã e outros segredinhos - que eles não contam de jeito nenhum - além de ser servido muito doce e quente.

Aproveite para comprar temperos exóticos. Por aproximadamente 5 euros dá para adquirir açafrão, canela e outras especiarias de excelente qualidade.

Um narguilé custa aproximadamente 10 euros.

Não volte sem as pashiminas tunisianas. Elas são lindas e saem por aproximadamente 5 euros - negocie, que você consegue por 2,5 euros.

Os perfumes feitos por eles, assim como os vidrinhos onde são colocados, podem ser adquiridos em vários lugares. São ótimas opções de souvenires.

Cuidado ao conversar sobre política. Existem outdoors com a fotografia do presidente, Zine El Abidine Ben Ali, em todos os lugares de Tunis.

Sid Bou Said deve ser visitado. É o bairro onde os ricos vivem e sua principal característica é que todas as casas são pintadas de branco com as janelas azuis. Caminhe pelas ruelas de paralelepípedos. É tudo de bom.

Em Cartago, a cidade destruída pelos romanos, há o Museu Nacional e um sítio arqueológico. Para entrar no museu são 8 dinares.

O Santuário Punique tem uma história trágica, mas é um local interessante: era lá que humanos eram sacrificados. Funciona das 8h30 às 17h e a entrada custa 8 dinares.

As Termas de Antonino são um dos cartões-postais de Tunis. Elas têm duas épocas de construções. Uma primeira feita pelos fenícios e, uma segunda, pelos romanos entre 145 e 165. Hoje são ruínas dos banhos públicos do imperador Antonino. (Bibiana Sant’Ana/Da Agência Anhanguera)

NÚMERO

1 dinar tunisiano = 0,77 dólar

1 dinar tunisiano = 1,34 real

HISTÓRIA

Tunis é a capital da Tunísia. Situado ao Norte da África, o país tem 40% da superfície do seu território formado pelo Deserto do Saara, que ocupa outros países. Foi na Tunísia o polo da Civilização Cartaginesa, cujo apogeu deu-se no século 3 a.C., antes de sucumbir ao Império Romano.

O país passou sob o protetorado francês em 1881 adquirindo independência somente em 1956. A língua oficial é o árabe e o país tem cerca de 10 milhões de habitantes. (BS/AAN)

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